Demorei um pouquinho pra escrever de novo. Ainda to sem computador e sem celular =/
Só acesso a internet quando o Marcelo chega em casa e traz o notebook que ele usa pra trabalhar. Estamos procurando casa pra alugar, ô coisa difícil!!!
Achamos uma casa perfeita, dos sonhos, preço ótimo, mas....não aceitam cachorro!!!!!!
Fiquei arrasada! O fato da gente ter um pet tá dificultando bastante a procura de imóveis, mas é obvio que eu não ia deixar a Marrie no Brasil né?!
Bom, ela é o assunto do post de hoje. Resolvi escrever sobre a nossa experiência de trazer nossa cachorrinha pro exterior porque quando eu fui me informar sobre o assunto, as coisas não eram muito claras. Espero poder ajudar alguém que esteja passando pela mesma situação.
Do começo então. Quando meu marido fez o acordo com a empresa sobre a sua transferência, eles disponibilizaram 1.000 dólares para os gastos com a Marrie e nos indicaram uma empresa que fazia todo o transporte do animal e documentação. Beleza! Não vou precisar me estressar com nada!
Só que não!
A empresa cobrava 4.500 dólares para fazer tudo!!!! Claro que eu não tinha esse dinheiro e tive que fazer as coisas por conta própria.
Primeiro fui procurar na internet. Cada lugar tinha uma coisa diferente ou informações incompletas. Até que achei o site do Ministério da Agricultura. Lá tem tudo explicadinho, com informações inclusive para os veterinários. Acesse o site aqui. Cada país tem suas exigências quanto ao estado de saúde do animal e as vacinas necessárias. No site tu escolhe o país e eles dão todas as informações. Uma dica: procurem nesse link a unidade do Ministério da Agricultura mais próximo da sua cidade e ligue para confirmar as informações encontradas, pode ser que alguma coisa tenha mudado e não está no site.
Com todos os requisitos necessários marquei uma consulta no veterinário, fiz todas as vacinas que precisava, dei vermífugo, passei antipulgas, tudo!
Para viajar para o exterior o animal precisa do CZI (Certificado Zoosanitário Internacional), que é emitido nas unidades do Ministério da Agricultura nos aeroportos, e para emitir o CZI precisa de um atestado de saúde emitido por algum Veterinário. Esse atestado tem validade de 72 horas. Para fazer o CZI tem que agendar no aeroporto (por telefone ou pessoalmente) e ele tem validade de 5 dias, incluindo o dia de chegada no país estrangeiro!! Por isso tem que fazer as contas direitinho pra agendar na data certa. Ah! A emissão do certificado é gratuita!
Com o horário marcado, tu chega no departamento no aeroporto, entrega todos os documentos e espera o atestado ficar pronto. No caso do aeroporto de Guarulhos (fizemos o CZI lá), fui de manhã e tive que esperar até as duas da tarde pra pegar o atestado. Não é que para minha surpresa eu cheguei lá as 14h e O SETOR ESTAVA FECHADO! NÃO TINHA NINGUÉM!!! Eles saíram mais cedo por causa das manifestações e simplesmente não avisaram ninguém! Fiquei desesperada! Era sexta feira, meu vôo estava marcado pra segunda, eles não abrem final de semana e segunda feira estava prevista uma paralização nacional! Imagina meu pânico!!! Passei o final de semana todo preocupada se ia conseguir pegar o tal CZI. No fim, eles abriram na segunda e eu consegui pegar antes de viajar. Ufa! (créditos para o Guilherme e a Lívia, nossos primos que foram pegar o CZI pra nós. Valeu Gui e Li!)
Outra coisa importante: a caixa de transporte! Tem que ligar na companhia aérea e se informar sobre o tamanho da caixa que eles permitem. Como a Marrie era pequena, conseguimos levá-la com a gente na cabine, mas geralmente isso só é permitido para animais de até 10kg. Foi bem difícil encontrar uma caixa com os tamanhos adequados, compramos pela internet. Também foi preciso reservar o transporte do animal na companhia aérea, pois existe um número limitado de animais por vôo. Gente, é muita coisa!!!! Mas tudo pra não gastar quase 10 mil reais.
Essa é uma das páginas do CZI |
Com tudo certo, lá fomos nós! A veterinária da Marrie sugeriu que a gente não usasse tranquilizante pois isso poderia diminuir muito a frequência cardíaca dela no avião. Ela me deu um medicamento para usar só em último caso, mas pediu que evitássemos. Claro que a gente não precisou! Ela é uma fofa! O animal tem que ficar o tempo todo dentro da caixa de transporte, mas no meio do vôo, de madrugada, a gente pensou em tirar ela, escondido, pra ela "se esticar" um pouco. E quem disse que ela queria sair da caixa! Tava lá, dormindo, não deu nem bola....muito fofa!!!
A apresentação do CZI só foi necessária quando chegamos na imigração. O agente viu, carimbou, e lá estávamos nós 3, nossa pequena família na Terra do Tio Sam!
Marrie dentro da caixa de transporte, ainda no aeroporto. |
Dormindo na caixinha. Coisa mais amada! |
Apesar do estresse da emissão do CZI foi tudo bem tranquilo, um pouco trabalhoso, mas tranquilo. Os EUA é um país bem tranquilo quanto às exigências sanitárias do transporte de cachorros, mas tem países que são bem mais exigentes, que pedem instalação de microchip, etc.
O post foi longo, mas necessário. Espero pode ajudar. Qualquer coisa, comentem!
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